Simulação de crédito não é sinónimo de aprovação
Quando se pensa em pedir um empréstimo — seja para comprar casa, trocar de carro ou reorganizar as finanças — é natural começar por uma simulação. No entanto, é fundamental perceber que simular um crédito não significa que este será automaticamente aprovado.
Em termos simples, a simulação serve como um ponto de partida. Já a aprovação depende de uma análise mais aprofundada do perfil do cliente.
Por isso mesmo, neste artigo, explicamos as diferenças entre estas duas fases e por que motivo é tão importante não as confundir.
O que é uma simulação de crédito?
A simulação de crédito é uma estimativa. Utilizando alguns dados básicos — como o valor que pretende pedir, o prazo para pagamento e, nalguns casos, o tipo de crédito — a instituição financeira apresenta-lhe uma projeção indicativa da prestação mensal, das taxas de juro e do montante total a pagar.
Contudo, estes valores são meramente informativos.
Ainda assim, é importante sublinhar que estes valores são meramente informativos. Ou seja:
- A taxa apresentada pode não ser a final.
- O valor da prestação pode alterar-se.
- E, mais importante, a aprovação do crédito ainda está longe de ser garantida.
Na prática, a simulação é útil para perceber, à partida, se o crédito poderá ou não encaixar no seu orçamento mensal. Além disso, é também uma boa forma de comparar diferentes instituições e conhecer campanhas promocionais em vigor.
E então, o que acontece a seguir?
Após a simulação, o passo seguinte é reunir a documentação necessária para submeter um pedido de crédito formal. Nesta fase, o processo já envolve uma análise mais aprofundada do perfil do cliente, incluindo avaliação de risco, rendimentos e validação de dados.
Concretamente, o banco (ou o intermediário de crédito) vai analisar:
- Rendimentos mensais
- Estabilidade profissional
- Taxa de esforço
- Responsabilidades já existentes
- Histórico de crédito no Banco de Portugal
Importa salientar: é precisamente nesta fase que a instituição avalia se o cliente tem capacidade para assumir o compromisso financeiro — e, sobretudo, em que condições o crédito pode ser aprovado.
Ver também: Documentos para crédito
Pré-aprovação: um passo intermédio
Em muitos casos, após a entrega da documentação, o cliente recebe uma pré-aprovação.
Na prática, isto significa que, com base nos dados fornecidos, o banco considera viável conceder-lhe o crédito — no entanto, a decisão final só será tomada quando todos os critérios forem cumpridos.
Por exemplo, no caso do crédito habitação, é necessário aguardar a avaliação do imóvel.
Por exemplo, no caso do crédito habitação, é necessário aguardar a avaliação do imóvel.
Importa referir que a pré-aprovação já apresenta condições mais sólidas do que uma simulação, ainda assim, essas condições podem sofrer ajustes até à aprovação final.
Quando é que o crédito é realmente aprovado
A aprovação formal do crédito acontece quando a instituição financeira conclui a análise de risco e decide avançar com o financiamento. A partir deste momento, é emitida a FINE — Ficha de Informação Normalizada Europeia — com todas as condições contratuais.
Esta ficha contém, entre outros elementos:
- Montante financiado
- Taxa de juro (TAN e TAEG)
- Valor da prestação
- Comissões e seguros obrigatórios
- Prazo de pagamento
- MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor)
Importa referir que a FINE é vinculativa por 30 dias, ou seja, se assinar o contrato dentro deste prazo, o banco está legalmente obrigado a manter as condições apresentadas.
E se for crédito habitação
No caso do crédito habitação, existem algumas etapas adicionais, como:
- Avaliação do imóvel por perito independente;
- Análise do LTV (loan-to-value), ou seja, a percentagem que o banco financia face ao valor da casa;
- Período de reflexão obrigatório de 7 dias após a entrega da FINE.
Além disso, a aprovação pode depender de fatores externos, como a apresentação de documentação por parte do vendedor ou questões legais relativas ao imóvel.
Por que motivo tudo isto é importante
É comum ouvirmos frases como:
“Mas no simulador dizia que a prestação era 300€…”
“Eu achava que já estava aprovado…”
No entanto, este tipo de confusão pode levar a decisões precipitadas. Por isso, ao perceber claramente a diferença entre simular e ter um crédito aprovado, está a proteger-se de frustrações e, acima de tudo, a garantir que toma decisões com base em informação sólida.
Como a AMCO Intermediários de Crédito pode ajudar
Na AMCO Intermediários de Crédito, acompanhamos os nossos clientes em todas as fases:
- Desde a primeira simulação, explicamos o que está (e não está) incluído;
- Recolhemos a documentação necessária e comparamos propostas de vários bancos;
- Ajudamos a interpretar a FINE e as condições contratuais;
- Esclarecemos dúvidas sobre seguros, comissões e impacto da taxa de juro.
O nosso objetivo? Garantir que cada cliente compreende plenamente o que está a contratar — e, acima de tudo, que o faz com confiança.

Simular é importante. Aprovar é essencial.
Confundir as duas etapas pode sair caro — seja em tempo, expectativas ou dinheiro.
Se está a pensar pedir crédito, informe-se, compare e fale com especialistas.
Na AMCO Intermediários de Crédito, ajudamos a transformar dúvidas em decisões conscientes. Porque o melhor crédito é aquele que se compreende antes de se assinar.