Seguro de vida fora do banco
Quando se contrata um Crédito Habitação, é comum aceitar o seguro de vida que o banco propõe. Mas será que essa é sempre a melhor opção? E o que significa, afinal, ter o seguro de vida fora do banco?
Neste artigo explicamos por que razão pode valer a pena considerar alternativas fora da instituição bancária — e o que deve ter em conta antes de tomar essa decisão.
O que é o seguro de vida associado ao Crédito Habitação?
É um seguro que garante o pagamento do empréstimo no caso de morte ou invalidez dos titulares do crédito. O objetivo é proteger a família e o banco, assegurando que a dívida será liquidada mesmo em situações imprevistas.
Este seguro é obrigatório para todos os Créditos Habitação, e muitas vezes é exigido diretamente pelo banco onde é feito o empréstimo.
Porque é que quase toda a gente faz o seguro no banco?
Simples: porque o banco sugere, e parece mais fácil tratar de tudo no mesmo sítio. Além disso, ao aceitar as condições do banco, podem ser oferecidas reduções no spread (a margem de lucro do banco), o que à primeira vista parece compensar.
Mas há um detalhe importante…
O seguro do banco pode ser (muito) mais caro
Apesar da redução no spread, os seguros contratados através dos bancos tendem a ter prémios mais elevados. Em alguns casos, a diferença de preço entre o seguro do banco e um seguro autónomo pode ultrapassar os milhares de euros ao longo dos anos.
Exemplo realista:
Imagine duas pessoas com o mesmo crédito:
- João aceita o seguro do banco, com um prémio de 800€/ano.
- Ana escolhe um seguro fora do banco, por 400€/ano.
Mesmo com uma pequena diferença no spread, a Ana poupa 400€/ano, o que representa 12.000€ em 30 anos. Um valor considerável — e sem comprometer a proteção.
É possível mudar o seguro?
Sim. É possível transferir o seguro de vida para outra seguradora, mesmo que já tenha um crédito habitação em curso.
Só tem de garantir que:
- A nova apólice tem as mesmas coberturas exigidas pelo banco.
- A nova seguradora emite a declaração de vinculação ao banco.
- O banco aceita e regista a mudança.
Atenção: o banco pode aumentar o spread?
Sim, alguns bancos reservam-se o direito de rever o spread se o seguro sair da instituição.
Por isso, é importante fazer bem as contas e ver se ainda assim compensa.
Spoiler: na maioria dos casos, compensa na mesma.
Vantagens de ter o seguro fora do banco:
- Prémios mais baixos.
- Maior liberdade de escolha.
- Possibilidade de manter a mesma cobertura com menos custo.
- Facilidade em mudar, se encontrares algo melhor.
Ter o seguro de vida fora do banco pode parecer uma dor de cabeça no início, mas pode traduzir-se numa poupança significativa a longo prazo. Antes de decidires, compara preços, analise coberturas e fale com um Intermediário de Crédito — pode ajudar-lhe a fazer a melhor escolha para si.
Ver também: Por que recorrer a um Intermediário de Crédito?