Com a subida das taxas de crédito nos últimos meses, torna-se cada vez mais restrito o acesso ao crédito. Por este motivo, o Banco de Portugal desce a taxa de esforço quando concedem um empréstimo às famílias.
Clara Raposo, Vice-Governadora do Banco de Portugal, deu uma entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, onde revelou que a decisão ia ser tomada ainda este ano, na contratação de novos créditos, de forma a “desapertar” uma medida de acesso ao crédito que se tornou demasiado restritiva com a escalada das taxas de juro no último ano.
O Banco de Portugal anunciou, na semana passada, a descida da taxa de stress de 3% para 1,5%, no Crédito Habitação, facilitando assim o acesso a crédito por parte dos consumidores.
Mas afinal, o que é a taxa de stress?
A taxa de stress foi criada pelo Banco de Portugal de forma a diminuir a falta de pagamento das prestações. É uma taxa adicional ao Spread (e Euribor, no caso do Crédito Habitação) onde, com a combinação de ambas, é calculada a taxa de esforço para analisar a possibilidade de aceder a crédito, ou não, por parte do banco ao consumidor.
Esta mudança da taxa de stress associada ao Crédito Habitação e no Crédito ao Consumo irá facilitar a aprovação dos pedidos de crédito dos consumidores.
Assim, as mudanças nesta taxa de stress que irão acontecer relativamente ao prazo de pagamento do crédito, ou seja, num crédito num prazo até 5 anos (inclusive) irão passar de 1% para 0,5%, entre 5 e 10 anos (inclusive) passará de 2% para 1% e num crédito num prazo superior a 10 anos, passará de 3% para 1,5%.
Assim, nos próximos dias, irá começar o processo de consulta pública, onde diversos bancos e financeiras darão os seus contributos sobre esta medida ao Banco de Portugal. Este processo irá demorar cerca de 30 dias o que irá fazer com que esta medida só entre em vigor no fim de setembro ou início de outubro.